quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Anzol Fisgou A Mosca

Estimados leitores e felizardos que estão de posse em suas mãos do primeiro exemplar de A Mosca, para entender melhor o que pretende nosso maravilho e insubstituível diretor com esse jornal estapafúrdio, se faz necessário voltarmos no tempo, lá nos primórdios, no tempo em que nossa cidade era conhecida como Sapôlandia ( alias as futuras gerações somente conhecerão esse lindo anfíbio através de fotos, pois esta mais raro que cabelo em cabeça de careca) no tempo em que ainda não existia o parque lacustre em seu lugar era o ribeirão São Cristóvão, no tempo em que Castro não tinha tantas ruas asfaltadas, na verdade nem tinham tantas ruas, no tempo em que a administração publica tinha todo tipo de problemas na saúde, o desemprego, no saneamento básico (coisa rara de acontecer nos dias atuais),ou seja, tinha e tem que ter peito pra ser prefeito (até rimou) mas isso já é outro assunto,voltemos ao tema da matéria. Para ser mais preciso vamos ao ano de 1924, em julho saia a primeira tiragem com quatro paginas do celebre jornal O Anzol, a pescar todos os aspectos cômicos e ridículos na sociedade tradicional da velha cidade de Castro. A petulância do sabichão, o complexo de inferioridade dos pedantes, a vaidade das moças, a arrogância estapafúrdia dos maiorais, enfim, os defeitos de uma sociedade eivada de erros, desilusões, de altos e baixos eram escancaradas impiedosamente no jornal humorístico. A frente dessa sabatino jornal estava a figura de Jonas Borges Martins, que no anzol assinava João Minhoca, onde era diretor, redator, repórter e entregador de jornal. Você leitor deve estar se perguntando onde quero chegar com essa matéria ( nem eu sei mais, deixa eu pensar... ah! Lembrei) vou ser simples e direto. O jornal de Castro cedeu espaço para outro jornal, ou seja, é um jornal dentro do outro, melhor é um jornal dois em um, melhor ainda, agora é de graça duas vezes (isso é um trocadilho). Esse jornal que esta em suas mãos chama-se A Mosca é um jornal humorístico que leva até o publico informações variadas e inúteis, as noticias úteis eu coloco se sobrar espaço na diagramação, eu sei que todos devem estar dizendo que é plagio, que isso não passa de uma copia barata e chinfrim do falecido O Anzol, o que tenho a dizer a respeito disso é que nem se compara, pois eu sou um diretor, redator e repórter muito melhor que esse tal de João Minhoca e ainda sou muito mais modesto. A partir dessa edição Castro não será mais a mesma e o povo tem agora um jornal que merece, e vai poder degustar dos casos pitorescos e conhecer o intimo de personagens reais como nunca visto antes em um jornal, não medirei esforços para informar a cidade, batendo asas, voando e observando... é A Mosca que Pintô pra zumbizá. Fonte: In Vida Princesina JAN/FEV 1947 Dr Oney Barbosa Borba