quarta-feira, 6 de maio de 2009

Secretaria de Saúde faz teste em recém-nascidos

Quase 100 bebês já foram avaliados

A Prefeitura Municipal de Castro, através da Secretaria de Saúde, em parceria com o Hospital Anna Fiorillo Menarim está realizando a Triagem Auditiva Neonatal em recém-nascidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de identificar precocemente possível deficiência auditiva. O “teste da orelhinha” é feito pela fonoaudióloga Maria Zulmira Boamorte Silvério, que cedeu o aparelho e realiza o teste que é indolor e dura, em média, de 5 a 10 minutos e pode ser feito enquanto a criança está dormindo. Coloca-se um fone no ouvido do bebê, emitem-se estímulos sonoros e na captação do seu retorno (eco), registra-se no computador o funcionamento do ouvido, produzindo-se um gráfico. Se houver suspeita de problemas, o bebê deverá fazer avaliação otológica e audiológica completas.

Devem fazer o teste todos os bebês recém-nascidos, mas há alguns grupos de risco que não podem ficar sem o teste como os prematuros, com peso inferior a 1.500 gramas, com icterícia (amarelão), qualquer tipo de alteração no nascimento (APGAR de 0 a 6), infecções neonatais congênitas (rubéola, sífilis, toxoplasmose), infecções adquiridas (meningite, septicemia), bebês que ficaram em respirador artificial, que usaram medicações ototóxicas no berçário já na maternidade, com história de deficiência auditiva hereditária, recém-nascidos portadores de alterações crânio-faciais e algumas síndromes.

De acordo com a fonoaudióloga, desde o início dos testes, em 1º de abril, 97 recém-nascidos foram avaliados. Em alguns foram feitos novos testes após 15 dias, mas nenhuma deficiência foi detectada.

Importância

A cada mil recém-nascidos, três apresentam algum tipo de perda auditiva e é comum que os problemas auditivos sejam detectados apenas aos 2 ou 3 anos, quando a criança já apresenta dificuldades de comunicação. A demora pode prejudicar o desenvolvimento da criança, e o bebê pode apresentar problemas mesmo se na família não houver nenhum caso de surdez.

Com a detecção da deficiência auditiva após o segundo ano de vida, a criança perde, por causa de seu mundo silencioso, a fase mais importante da aquisição de linguagem

e provavelmente terá dificuldades para se comunicar, mas também de inter-relacionamentos, já que vive num mundo de ouvintes. “É imprescindível fazer o teste para detectar uma possível perda auditiva e encaminhar para tratamento”, finaliza Maria Zulmira.

das assessorias: