sábado, 6 de fevereiro de 2010
Palestra orienta sobre pedofilia
Especialista alerta sobre os perigos e quais cuidados pais e escolas devem ter
A Secretaria Municipal da Criança e do Desenvolvimento em parceria com o Centro de Atendimento à Criança (CAC) Jardim Colonial promoveu, nesta sexta-feira (5) no Teatro Bento Mossurunga, palestra com o tema "Protegendo as crianças" abordando a pedofilia e violência sexual contra criança e adolescente. Participaram do evento servidores lotados na secretaria, funcionários do CAC, integrantes do Conselho Tutelar e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e a comunidade.
A palestrante, sargento Tânia Guerreiro, da Polícia Militar, especialista em assuntos referentes ao abuso sexual, pedofilia, drogas e prevenção na infância e adolescência, destacou que a pedofilia é tão antiga quanto a humanidade e ocorre em todas as classes sociais. Segundo ela, a orientação para a criança deve iniciar antes dos cinco anos, com um diálogo aberto para que ela não venha a ser uma vítima. "Se a criança não souber o que é pedofilia, ela vai passar por esta situação sem saber o que está acontecendo".
Tânia alerta que tanto os pais quanto a escola devem orientar a criança, o jovem e o adolescente e observar o comportamento. "A vítima de pedofilia apresenta queda no rendimento escolar, não quer mais brincar e sente-se reprimida", alerta.
Os pais também devem alertar os filhos para o uso da internet, advertindo que os pedófilos utilizam perfis falsos. "A internet abriu as portas para a pedofilia. Adolescentes e jovens colocam muitas informações pessoais nos sites de relacionamento, e isso facilita a ação do criminoso".
Outros cuidados, segundo a especialista é não deixar os filhos posarem fora de casa, não utilizarem banheiros públicos quando estiverem sem a presença dos pais, cuidar com as pessoas que contratam para prestar serviços em casa, entre outros.
No Brasil, segundo dados de 2005, uma criança é abusada a cada oito minutos, e segundo Tânia, esse número representa apenas 20% dos casos de pedofilia. "Os outros 80% estão na clandestinidade, e em 90% dos casos, as mães são coniventes. Quem souber da ação de um pedófilo deve denunciar às autoridades para que as providências sejam tomadas".