quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Alunos portadores de necessidades especiais participam do Jeca

Os Jogos Estudantis de Castro (Jeca) têm auxiliado na inclusão de alunos portadores de necessidades especiais. Na edição desse ano, dois atletas com algum grau de deficiência foram inscritos para competir normalmente com os outros participantes.

No atletismo, o estudante do Colégio Fabiana Pimentel, Alessandro Carapiá dos Santos, participou de três provas – 100 metros, 800 metros e 5 mil metros rasos no grupo 5. Esse é o segundo ano que o estudante de 19 anos, que é surdo-mudo, competiu no Jeca. "Ele tomou gosto pelas provas de resistência. Nas aulas de Educação Física, é tudo normal. O entendimento dele para as atividades e treinos é fácil", diz o professor de Educação Física do Fabiana Pimentel, Anderlei Kremer de Castilhos. Segundo ele, a participação de seu aluno nos jogos só traz benefícios. "Temos prazer de incluir uma pessoa deficiente. O exemplo dele contribui muito, principalmente os menores, a participar da competição. Isso incentiva eles", afirma o professor.

O esforço para participar normalmente dos jogos deu resultado. Alessandro conquistou a medalha de bronze nos 5 mil metros.

No futebol e futsal, o exemplo vem do aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Joana Torres, Emerson Morais Woellner. Mesmo com um problema físico de nascimento, que o deixou com a perna direita mais curta, limitando alguns movimentos, não o impede de participar dos jogos. "Para mim, é tudo normal. Participo normalmente de tudo", conta o rapaz de 17 anos, que já marcou um gol no futsal nessa edição do Jeca. Em 2007, o rapaz conquistou uma medalha de bronze também no futsal. "A força de vontade dele dá uma motivação a mais no time", diz o treinador da equipe de futebol do colégio, Paulo Iank.

Para o coordenador geral dos jogos, Márcio Kops, é importante a participação de alunos com necessidades especiais na competição. "Como eles se saem bem com os outros, a gente deixa eles participarem normalmente. Para os colegas deles, não existe diferenciação. Queremos que os outros também o tratem como pessoas normais", diz. De acordo com Kops, esses dois casos devem servir como exemplo aos outros estudantes. "Algum aluno pode ver eles participando e se motivem a praticar uma atividade física", explica.

Eduardo Biagini